A decisão de onde investir é crucial para atingir seus objetivos de retorno e, ao mesmo tempo, manter o capital seguro. Se você quiser equilibrar risco e retorno, a renda fixa surge como opção por ter menor volatilidade e retornos mais previsíveis.
Independentemente do perfil, ela pode ser uma escolha estratégica para a carteira de todo investidor. Porém, antes de recorrer a essa classe é fundamental compreender como funciona a rentabilidade na renda fixa.
Neste artigo, você entenderá melhor a mecânica por trás dessa classe de investimentos. Continue a leitura e acompanhe!
O que é rentabilidade nos investimentos?
Os termos “rentabilidade” e “rendimento” são, com frequência, usados de forma intercambiável. Porém, eles carregam nuances significativas e que merecem atenção.
A rentabilidade é a relação percentual entre o ganho obtido e o capital inicial aplicado. Portanto, ela determina quanto seu investimento cresceu em termos percentuais. Imagine que você alocou R$ 10.000 em um título e, após um ano, ele vale R$ 11.000. Então, a rentabilidade foi de 10%.
Já o rendimento se refere ao valor absoluto ganho, sem considerar o montante inicial. Continuando com o exemplo acima, o rendimento foi de R$ 1.000, pois essa é a diferença entre o valor final e o que você havia aportado.
Logo, a rentabilidade proporciona uma visão relativa, mostrando quão bem sua aplicação se saiu em relação ao capital inicial. Por outro lado, o rendimento apresenta uma perspectiva absoluta, indicando o valor concreto adicionado ao seu aporte.
Ambas as métricas são vitais para avaliar o sucesso de um investimento. Contudo, como você acompanhou, cada uma oferece uma perspectiva diferente sobre o retorno.
Por que analisar a rentabilidade ao investir?
Após entender o conceito de rentabilidade, saiba que ela costuma ser um pilar na tomada de decisões financeiras. Ao analisá-la, você tem uma visão mais clara do desempenho potencial de um investimento e poderá avaliar se ele está alinhado com seus objetivos financeiros.
Ao mesmo tempo, é preciso ter um olhar atento para identificar as diversas nuances que envolvem este conceito. Veja os diferentes tipos de rentabilidade:
- bruta: representa o retorno total gerado sem descontar taxas, impostos ou outra despesa associada. Por exemplo, se um investimento em renda fixa oferece uma taxa de 8% ao ano, essa é a rentabilidade bruta;
- líquida: é o retorno obtido após descontar os custos associados à aplicação, como taxas e impostos. Assim, se um investimento rendeu 8% ao ano, mas houve custos que somaram 2%, a rentabilidade líquida será de 6%;
- nominal: refere-se ao retorno sem considerar a inflação. Enquanto a rentabilidade nominal pode parecer atraente à primeira vista, ela não reflete o poder de compra real dos retornos. Isso vale em especial em ambientes econômicos com alta inflação;
- real: é a métrica mais relevante para investidores por descontar a inflação. Para obtê-la, é preciso descontar o impacto da inflação sobre o desempenho obtido.
Entender essas questões é fundamental porque um investimento com alta rentabilidade bruta pode não ser tão atrativo após considerar taxas e impostos. Da mesma forma, um retorno nominal elevado pode ser corroído pela inflação, resultando em uma rentabilidade real menor ou até negativa.
No geral, analisar a rentabilidade da renda fixa ao investir é uma maneira de garantir que seu dinheiro trabalhe a seu favor. Assim, você poderá tomar decisões alinhadas à preservação e crescimento de seu patrimônio.
Como funciona a rentabilidade na renda fixa?
Compreendidos os tipos de rentabilidade, saiba que há também diferentes tipos de investimentos em renda fixa. Como o nome sugere, essa classe tem regras de remuneração que são previamente definidas.
Confira as peculiaridades de cada tipo de título e veja como funciona cada rentabilidade na renda fixa!
Prefixados
Nos títulos prefixados, a rentabilidade é acordada no momento da aplicação. Você já sabe, desde o início, quanto receberá ao final do período de aplicação. Por exemplo, se um título prefixado promete 8% ao ano, isso é o que você receberá no vencimento, independentemente das oscilações do mercado.
Pós-fixados
A rentabilidade dos títulos pós-fixados é atrelada a um índice econômico, como a Selic ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Dessa forma, a remuneração final só será conhecida no término do investimento.
Híbridos
Os títulos híbridos combinam características dos títulos prefixados e pós-fixados. Uma parte da rentabilidade é fixa e a outra é variável, atrelada a um índice. O Tesouro IPCA+ é um exemplo, no qual o investidor recebe uma taxa prefixada mais a variação da inflação do período, no vencimento.
A rentabilidade basta para tomar uma decisão de investimento?
Embora a rentabilidade seja uma métrica relevante no mercado financeiro, ela não atua de forma isolada. Uma tomada de decisão eficaz e prudente requer a avaliação de diversos fatores, de modo a fazer sentido para a sua realidade.
Confira o que considerar ao investir na renda fixa!
Perfil de investidor
Antes de mergulhar nas especificidades de uma aplicação, é essencial se entender enquanto investidor. A personalidade, a tolerância ao risco e as experiências prévias ajudam a formar o seu perfil de investidor, que serve para orientar quais títulos são mais adequados para você.
Objetivos
Estabelecer metas claras é fundamental. Pode ser a compra de uma casa, a preparação para a aposentadoria ou a construção de uma reserva de emergência. Ao saber seus objetivos de curto, médio e longo prazo será possível fazer escolhas alinhadas às suas aspirações.
Prazo
O próximo passo é definir o horizonte de tempo. A duração do investimento não apenas influencia a rentabilidade, como pode afetar a liquidez e a natureza do comprometimento de capital. Por isso, é preciso considerar o que faz sentido para você em termos de curto, médio e longo prazo.
Liquidez
A liquidez representa a capacidade de um investimento ser convertido em dinheiro com rapidez. Às vezes, a necessidade de acessar seu capital imediatamente pode ser mais crucial que obter um retorno mais elevado. Nessas situações, a liquidez será mais relevante que a rentabilidade.
Segurança
A renda fixa costuma ser considerada uma opção menos arriscada em comparação à renda variável. No entanto, mesmo dentro da renda fixa, existem gradações de risco. Logo, é vital escolher títulos que se alinhem ao nível de risco que você está disposto a aceitar.
Ao decidir onde investir, considere todos esses fatores, sem deixar de considerar como funciona a rentabilidade da renda fixa. Dessa forma, você poderá ter uma abordagem equilibrada e robusta na construção e gestão de sua carteira de investimentos.
Compreender como funciona a rentabilidade na renda fixa é fundamental para quem almeja fazer seu dinheiro render. Como essa classe oferece uma variedade de opções capazes de atender diferentes perfis e objetivos de investimento, ela pode fazer parte de diferentes estratégias.
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